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Torre Dourada | Tarvallon Roleplay

TORRE DOURADA

A casa do conhecimento

   Entre os herdeiros devotos de Derketo e Set, uma grande quantidade de guerreiros e magos se congregava no ritual do Banquete dos Prazeres. Nesse meio emergia a necessidade de instruí-los, não apenas para aprimorar suas habilidades, mas para equipá-los com a destemida capacidade de enfrentar um mal que até então não ousara afligi as terras.

 

   A nobre Torre desvelava sua missão sublime: polir os adoradores nas intricadas artes do combate. Em Tarvallon, onde a paz reinava soberana e apenas os rugidos dos animais selvagens rompiam a serenidade, a ausência de guerra ou ameaças iminentes não era motivo para complacência. Os irmãos, visionários, nutriam a esperança de que o futuro poderia tecer narrativas imprevisíveis, e assim, com previsão sábia, buscavam assegurar que todos estivessem preparados para os eventuais embates que a vida pudesse tecer.

 

   Set, guardião da liberdade de escolha, ansiava por um futuro em que os devotos não estivessem atrelados à dependência dos irmãos para guiar seus destinos. Seu desejo transcendia a simples manipulação; ele almejava que cada seguidor se tornasse o artífice de seu próprio destino. A maestria na trama da existência seria o legado, mas o ensinamento desse sublime poder seria compartilhado apenas quando cada coração estivesse maduro para compreender os intricados segredos que permeiam a vida.

   Derketo, com a delicadeza que lhe era peculiar, apresentou com zelo a proposta da grandiosa Torre a Mitra. Contudo, o líder devoto recusou com firmeza, alinhando-se contra a ideia e expressando seu desejo de que os seguidores não se entrelaçassem com os de Derketo e Set. Em um esforço de persuasão, Set persistiu, tecendo argumentos que buscavam beneficiar a

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Acontecimentos antes da Queda dos Deuses.

todos os seguidores, mas Mitra, em sua convicção, reiterou sua recusa. Embora admitisse a valia da ideia, afirmou que seus devotos encontrariam todo o conhecimento necessário nos sagrados domínios do Mitreu.
 

   Derketo e Set, em um ato de confiança sublime, convocaram seus seguidores a empreenderem a construção da grandiosa Torre. Conscientes de que este era um projeto que demandaria anos de esforço meticuloso, os irmãos compartilharam a visão de que, com o passar do tempo, a imponente Torre Dourada se revelaria como um bastião inestimável. Mesmo diante do receio latente de uma possível revolta ou rebelião, os irmãos nutriam uma fé inabalável na lealdade de seus seguidores, confiando que essa aliança transcendente perduraria até o derradeiro suspiro dos tempos.

   
   O grandioso projeto se desdobrava em uma visão arquitetônica, com uma imponente torre dominando o centro. Uma sinfonia de espaços cuidadosamente concebidos se desenhava: um majestoso auditório, salas de aula moldadas em tramas, portais que traçavam atalhos para lugares secretos, casas para alguns seguidores e tudo que fosse favorecer Tarvallon estaria ali moldado.

   
   Set, dotado da maestria alquímica, delineou uma visão subterrânea. Nos recônditos do subsolo, ele planejava criar suas poções e elixires mais ousados, conduzindo experimentos com a fauna selvagem. Contudo, vislumbrava também um futuro em que a arte da alquimia seria meticulosamente transmitida de forma mais elaborada, um legado que transcenderia os limites do presente.

   
   Derketo idealizava a Biblioteca das Luzes, um repositório do conhecimento coletivo a ser erguido em colaboração com Mitra. Ali, explorariam os limites do entendimento, registrando cada nuance em volumes imortais, foi a única parte da Torre onde Mitra teve sua participação, ainda que relutante. A promessa da Biblioteca das Luzes persistia como um farol de sabedoria, destinado a iluminar os caminhos do aprendizado eterno.

   Derketo e Set sabiam que a Torre demoraria para ficar pronta, mas ao pensar nisso já começaram a treinar seus mais poderosos e capacitados devotos para um dia serem mestres dos demais e que assim seguissem um ciclo de ensinamento.

   
   E assim, preparados e imbuídos de sabedoria, esses devotos alçariam voos independentes, prontos não só para treinar, mas para criar seus próprios ensinamentos. A Torre Dourada se tornaria não apenas um marco físico, mas um farol de inspiração, guiando cada alma na jornada incessante em direção à maestria e à autenticidade.

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